SINTEGRAÇÃO SOBRE CONCEITOS HERTZBERGER

Rodada I: (A) Público e privado; Demarcações Territoriais; Diferenciação Territorial; Zoneamento Territorial; De usuário a morador 

    A primeira rodada ocorreu no corredor em frente a sala 301 e ocupei o papel de crítico. Foi interessante observar a discussão dos debatedores e tentar de alguma forma entender suas linha de raciocínio e tentar relacionar com o livro. Parte principal da discussão foi acerca do acesso e forma de supervisão, ou seja, quem é responsável pelo cuidado e manutenção do local por se tratar de local público e privado ao mesmo tempo, visto que é um corredor mas ainda é parte interna da escola de arquitetura. Além disso, após a rodada de debate senti a falta do debate com relação a sensação de acesso ao corredor e as salas ali presentes, uma vez que a sala em frente a 301, dedicada a pós-graduação, apesar de estar sempre aberta nunca me passou a sensação de receptividade uma vez que eu não me via como frequentador e responsável por ela. Além disso, até mesmo por ser uma corredor, não existe a sensação de apropriação e pertencimento que outras partes da escola de arquitetura transmite. 

Rodada II: (C) Visão II

    Na rodada 2,  assumi o papel de debatedor na discussão sobre o capítulo Visão II,  que ocorreu no patamar do segundo andar da escada próxima ao Radamés. Durante o debate tentei chamar atenção ao fato que a escada permite que as pessoas escolham se elas querem ser vistas ou não dependendo do local que elas transitassem pela escada, uma vez que próximo ao corrimão ela tinha como ser vista por todos os andares superiores, enquanto próximo a parede ela permanecia anônima. Outro fator importante discutido foi a escolha da interação social, não se impõe contato entre as pessoas e muito menos restringe, a escada é larga o suficiente para que as pessoas possam continuar conversas durante o percurso e ao mesmo tempo também permite pessoas transitem em direções opostas sem terem que interagir ou sentirem pressão para fazer o mesmo.

Rodada III: (C) Visão III

    Coincidentemente logo em seguida ao debate sobre o capítulo Visão II, tive a oportunidade de presenciar o debate sobre Visão III como observador no museu da escola. O debate ocorrido no local buscou focar em como o espaço funciona e como ele transmite sua intenção para o usuário, conceitos presentes no capítulo discutido, quando aplicados ao museu percebe-se a falta de ligação entre o museu e o espaço no qual ele encontra-se inserido, uma vez que trata-se de uma via de passagem, e que não existe nem mesmo uma iluminação dedicada às obras e nem mesmo legendas para as obras. Apesar do debate ter sido ótimo de se assistir confesso que não consigo ficar calado e preferia debater.

Rodada IV: (B) Incentivos; Forma como instrumento

    Por último fiquei responsável por debater no hall do bicicletário, de início já fomos para a "segunda parte" dele que muitas pessoas desassociam do bicicletário, já que apesar da amplitude do espaço não há lugares pra sentar, além de ser um local de passagem em muitas regiões. O principal tópico debatido foi a funcionalidade do bicicletário, já que em termos práticos o mesmo não funciona, chegando ao ponto que muitas bicicletas encontram-se alocadas no pátio da escola. além disso relacionou-se a sensação de desconforto passada pelo hall devido a sua dimensão e a ausência de identificação no espaço devido a sua sobriedade em relação a tantos outros espaços característicos da escola como o hall de entrada ou o pátio.

    No geral, a sintegração foi interessante por trazer a possibilidade de misturar as pessoas que vinham de debates diferentes, o que trouxe uma correlação frequente com os espaços visitados anteriormente ao que a pessoa encontrava-se presente. A leitura foi muito interessante e me vejo comprando o livro para poder revisitá-lo algumas vezes, já que tantos conceitos interessantes estão presentes nele, além da possibilidade de ler capítulos isolados.